O que fazemos

Sistemas de reúso de águas cinza. Esse é o foco da SRA Engenharia. Conceber e criar sistemas inteligentes cujo objetivo é produzir água de reúso, inclusive com características de potabilidade, a partir de efluentes cinza ou até mesmo efluentes oriundos de tratamentos primários em Estações de Tratamento de Esgoto. Modernas edificações projetadas para contribuir no uso racional da água, tem como premissa a separação total na sua rede de egoto, ou sega, o esgoto primário não se mistura com sabão, nem com a gordura. Esse Projeto de vanguarda nasceu quando os Sócios da SRA Engenharia em parceria com empresas construtoras da cidade de Niterói conceberam um processo especial de segregação, coleta e destinação dos esgotos domésticos, produção da água de reuso e sua respectiva distribuição em rede proprietária. A partir de então, a empresa manteve um projeto contínuo de pesquisa e desenvolvimento voltado para o sistema de tratamento e reutilização de água, até chegar ao moderno e eficaz sistema que é utilizado atualmente, com um elevado índice de satisfação e reconhecimento por parte de seus clientes e parceiros.

Em dezembro de 2007, nasce a SRA engenharia com a finalidade específica de aprimorar e desenvolver o sistema de reúso de águas cinza. A empresa implementou uma iniciativa pioneira com grande relevância e preocupação com o meio ambiente e, sobretudo, no uso racional da água, em novas edificações visando economia para os seus futuros proprietários e em especial a vanguarda nas ações de preservação desse bem mineral, um dos recursos naturais mais importantes para a vida humana.

Em busca de um desenvolvimento urbano mais sustentável e da preservação dos recursos hídricos naturais, práticas descentralizadas de conservação de água nas edificações podem contribuir para a redução do consumo de água potável, através do uso de fontes alternativas de “águas menos nobres” para reúso não-potável, como irrigação de jardins, lavagens e limpezas de áreas externas, em descargas de bacias sanitárias, etc.

Tratando-se do mercado imobiliário da cidade de Niterói, várias construtoras já implantaram em seus empreendimentos o SISTEMA DE REÚSO DE ÁGUAS, notadamente as águas cinza. Não se tem notícia de iniciativas similares e com características eloquentes que venham a reproduzir uma preocupação efetiva com a sustentabilidade ambiental em outra cidade.

 

Os tipos de processo

A título de informação, são três os sistemas de reúso e aproveitamento de águas inerentes aos nossos processos: sistemas de aproveitamento das águas pluviais (AAP), reciclagem das águas cinza (RAC), recuperação das águas residuárias (RAR) e seus respectivos processos nas edificações. Em geral, os sistemas de reúso de água realizam o tratamento de águas menos nobres para o seu reaproveitamento para fins não-potáveis, tais como irrigação, lavagem e limpeza, e descarga sanitária dentre outros.

Água cinza: efluente que não possui contribuição da bacia sanitária (esgoto primário) e da pia de cozinha (gordura), ou seja, o esgoto gerado pelo uso de banheiras, chuveiros, lavatórios, máquinas de lavar roupa e tanques em residências, escritórios comerciais, escolas etc.

É importante destacar mais uma vez a nossa preocupação com a gestão dos recursos hídricos na edificação e assim promover a redução no consumo predial de água potável, o que será extremamente necessário para enfrentar uma possível escassez de água no futuro dentro do contexto do nosso município.

 

Por que reciclar água?

Embora o Brasil possua 12% da água doce disponível no planeta, a oferta não é uniforme no território nacional. A maior parcela dos recursos hídricos encontra-se na Região Norte, distante dos centros urbanos onde se concentra a maioria da população brasileira e que estão, historicamente, localizados na faixa litorânea. Já não é incomum a falta de água nas grandes cidades, pela conjugação de fatores tais como o consumo intensivo e a baixa disponibilidade hídrica, devida entre outras causas, à poluição dos mananciais.

A preocupação atual sobre a crise financeira, os aumentos de preços como dos alimentos e petróleo, colocam temporariamente na sombra outra escassez global: qual seja a água.

Um atlas a ser lançado pelo governo federal aponta que mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015.

De acordo com a obra, produzida pela Agência Nacional de Águas, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, 55% dos 5.565 municípios do país podem sofrer desabastecimento nos próximos quatro anos. O número equivale a 73% da demanda de água no país.

A ONU prevê que até 2025, dois terços da população irão sofrer com a escassez de água, submetendo 1.8 bilhões de pessoas a uma escassez grave que afetará negativamente em suas vidas e nos seus meios de subsistência.

De acordo com o Programa de Avaliação da Água da ONU, até 2050, cerca de sete bilhões de pessoas em 60 países poderão ter que lidar com a escassez de água.

No Fórum Econômico Mundial do ano passado, o Secretário Geral da ONU Ban Ki-moon recomendou que a escassez de água devesse ficar no topo da agenda internacional, disse: “Conforme a economia global cresce, assim também será a sua sede”, advertindo sobre um futuro marcado por conflitos por água.

Não há nenhuma dúvida que precisamos repensar como nós iremos utilizar a água, especialmente com uma população que cresce rapidamente e o aquecimento global que poderá produzir padrões imprevisíveis de chuva e estiagem.

O atlas usa uma projeção de que o país terá um incremento demográfico de aproximadamente 45 milhões de habitantes entre 2005 e 2025. Isso implica num considerável aumento da demanda de abastecimento urbano, exigindo aportes adicionais de 137 mil litros por segundo de água nesses 20 anos, conclui a ANA.

Pesquisas sugerem que a situação pode não ser tão pessimista quanto muitos sugerem e as nações podem prosperar com quantidades surpreendentemente baixas de água doce – desde que adotem tecnologias eficientes no trato com a água e incentivem a atividade econômica a não consumir água em demasia. Acredito que a crise de água que se vislumbra é basicamente um problema mais de distribuição e de gerência, do que de fornecimento e poderemos resolvê-la com as tecnologias existentes, com aumento de investimento e com vontade política.

“A maioria dos municípios brasileiros apresenta algum grau de comprometimento da qualidade das águas dos mananciais, exigindo aportes de investimentos na proteção das captações. Desse modo, foram recomendados no atlas R$ 47,8 bilhões de investimentos em coleta e tratamento de esgotos nos municípios localizados à montante (rio acima) das captações com indicativosde poluição hídrica”, diz o livro.

O problema da escassez de água no Brasil e no mundo é real e, com raras exceções, não tem sido devidamente considerado… sendo muito mais sério do que pode imaginar um cidadão comum, não iniciado nos problemas hidrológicos.

Muitos rios estão no limite da vazão social e ecológica… e não está se falando do nordeste brasileiro, muito menos do semi-árido!

Um dos exemplos mais significativos é ter-se, numa região de boa precipitação, como é a bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, Capivari e Jundiaí, um rio como o Capivarí, de importância social, econômica e ambiental enorme, apresentando, tecnicamente, um balanço hídrico de vazão mínima com a disponibilidade de, apenas, 7%. Em termos práticos, isso significa que dos 100% de volume da água por minuto que entraria no início desse rio, 93% é consumido, saindo, no seu final, apenas 7%. Isso mostra a que grau de risco estamos hoje expostos, inclusive, de uma possível convulsão social pela falta de água, até para beber…

 

Desenvolvimento Sustentável

“O Desenvolvimento Sustentável deve atender às necessidades do presente, sem comprometer o atendimento das necessidades das gerações futuras”. A definição de um conceito tão debatido atualmente foi publicada, em 1987, no Brundtland Report, relatório emitido pela Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (World Commission on Environment and Development) ou Brundtland Commission, criada em 1983, pelas Nações Unidas. O objetivo era definir políticas e estratégias de desenvolvimento sustentável nos âmbitos social, econômico e, sobretudo, ambiental.

A reutilização ou reúso de água ou, ainda em outra forma de expressão, o uso de águas residuárias, não é um conceito novo e tem sido praticado em todo o mundo há muitos anos. Existem relatos de sua prática na Grécia Antiga, com a disposição de esgotos e sua utilização na irrigação. No entanto, a demanda crescente por água tem feito do reúso planejado da água um tema atual e de grande importância. Neste sentido, deve-se considerar o reúso de água como parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende também o controle de perdas e desperdícios, e a minimização da produção de efluentes e do consumo de água potável.

É importante lembrar que na implantação do sistema obtém-se benefícios a montante e a jusante pois, diminui-se a demanda por água potável para seu consumo e por conseguinte também diminui sua contribuição na produção de esgotos, minimizando assim, uma eventual sobrecarga na rede e na Estação de Tratamento da Cidade.